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Arquitetos: Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados; Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados
- Área: 11962 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Pedro Vannucchi
Descrição enviada pela equipe de projeto. A nova unidade se destaca como uma extensão da própria avenida, se estabelecendo como um território livre a ser apropriado pelo grande público. Entre suas características estruturais o conceito se desenvolve nos grandes acessos, nas diversas áreas de convivência – com praças internas e um terraço no topo – e até mesmo na escolha dos materiais, como o uso de vidros não reflexivos. A opção pelo material, que aparece conjugado a placas de zinco na fachada, revela as várias atividades exercidas no interior do edifício. A arquitetura só se faz completa quando ativada pela circulação das pessoas, e para esta relação toda estrutura foi concebida pensando nas ações que serão desenvolvidas na Unidade, pautadas pelo trinômio “Corpo-Arte-Tecnologia”.
“A configuração das fachadas leste e oeste, com rasgos horizontais, permite aos usuários um novo olhar sobre a cidade ao mesmo tempo em que rompe com a tipologia típica dos edifícios de escritórios da Avenida Paulista, anunciando um novo uso ao antigo edifício (projetado por Sérgio Pileggi e Euclides de Oliveira nos anos 70), dividido entre Sesc e Fecomércio, e uma nova e democrática frequência de público”, afirma Gianfranco Vannucchi, arquiteto responsável pelo projeto.
O acesso à nova unidade, a partir da Av. Paulista, acontece em grande área de convivência com espaço multiuso e um paraciclo com capacidade para 40 bicicletas. No térreo também se encontram duas escadas rolantes, 6 elevadores e duas escadas de incêndio pressurizadas para o acesso aos pavimentos superiores. No 2ºPavimento encontra-se a Central de Relacionamento e área de convivência, bem como a loja Sesc.
Os diversos espaços e serviços – Café Terraço, Comedoria, Biblioteca, Espaço para Crianças, Tecnologia e Artes, Salas para Práticas Esportivas e Espetáculos, Loja e Consultórios Odontológicos – foram distribuídos pelos 17 pavimentos considerando quatro aspectos básicos: a vizinhança entre atividades similares, os níveis de ruído produzido pelas atividades, o volume de público acessando a unidade e as visuais externas.
Reforçando esta integração entre as atividades e os pavimentos de exposição existem vazios nas lajes, totalmente abertos. Foram criadas escadas entre os pavimentos, integrando visualmente e fisicamente as atividades da unidade. Procurou-se também deixar os pavimentos o mais livre possível no sentido de permitir grande flexibilidade nos seus usos.
Além do efeito estético, a grande lâmina de vidro tem a função de antecâmara acústica e térmica, sempre ladeando um terraço interno ventilado naturalmente, que funciona como um anteparo aos ambientes refrigerados. Estes, por sua vez, têm suas vedações com o corredor definidas a partir da quantidade de luz desejada, em vidro com controle solar e os espaços para espetáculos e exposições são contemplados com blackout. As demais fachadas são vedadas com pré-moldados leves ou alvenarias, diminuindo desta forma as cargas térmicas e acústicas vindas do exterior.